quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Educação a Distância

O Ministério da Educação e Cultura (MEC), através de Leis e Decretos estabelece regras e amplia as possibilidades para a modalidade a distância de tal forma que os alunos devem ter apenas duas preocupações; A primeira é saber se a instituição de ensino passou pela aprovação do MEC e a outra é ter a consciência de que EaD não é uma “fábrica de diplomas” e sim, uma modalidade de ensino que exige muita dedicação, uma modalidade de ensino que existe desde a muito tempo. Se formos analisar a fundo a história da EaD encontraremos em 1728, um anúncio no Jornal Boston Gazette de Caleb Phillipps, professor de estenografia que dizia que as pessoas que desejassem aprender a técnica poderia receber em sua casa várias lições semanais, mesmo morando fora de Boston. Em 1840 no Reino Unido, Isaac Pitman também oferecia o curso de estenografia por correspondência. Isso mostra que mesmo utilizando o sistema postal a educação a distância já era utilizada. Em 1937 foi criado no Brasil o Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação. Em 1939 o húngaro Nicolás Goldberger criou a primeira escola de Educação a Distância no Brasil, o Instituto Monitor. Agora, fazendo uma análise profunda, até de mais, as epístolas de São Paulo e os 10 Mandamentos bíblicos podem ser caracterizados com Educação a Distância. Então temos que parar de colocar a barreira do “É NOVO” na Educação a Distância e começar a discutir as novas tecnologias e facilidades para a aplicação desta modalidade de ensino, como por exemplo a realidade virtual, os avatares em MDV3D e a telepresença de uma forma geral.

EAD, e agora?

Novidades vêm e vão, algumas deixam lembranças, outras não, algumas duram mais tempo, outras desaparecem tão rápido quanto vieram.
Inovações vêm para ficar, provocam transformações, trazem mudanças mais duradouras.
A EaD se apresenta há muito tempo como um caminho para inovação e de renovação educacional, seja no ensino regular e formal, seja na educação corporativa, seja na formação profissional continuada.
O professor José Manoel Moran nos diz que “As tecnologias dependem também de como cada um, professores, alunos e gestores as utilizam: em contextos e encontros pedagógicos motivadores ampliam a curiosidade, a motivação, a pesquisa, a interação. As tecnologias em contextos e encontros pedagógicos acomodados, rotineiros aumentam a previsibilidade, o desencanto, a banalização da aprendizagem, o desinteresse.” <http://www.eca.usp.br/prof/moran/digital.htm>. Assim, entendo que as tecnologias, por mais novas que sejam, nas mãos de pessoas desmotivadas e despreparadas não fazem milagres.
O próprio MEC, através da portaria 4.059/2004, estabelece a possibilidade dos cursos presenciais de graduação oferecer 20% da sua carga horária total de um curso ou 20% de carga horária de cada disciplina na modalidade à distância. Isso após o Decreto 5.622/2005, que regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394/1996(LDB) já ter reconhecido a importância da educação à distância no cenário nacional.
A Educação a Distância apresenta vantagens consideráveis em relação à Educação Presencial, como:
Reduz as barreiras físicas: A EaD é geralmente vista como forma de superar as dificuldades trazidas pela distância ou por barreiras geográficas e climáticas. Nos países de grande extensão territorial, essa é a principal justificativa para projetos EaD.
Reduz os Custos: Muitas vezes espera-se que a EaD seja uma modalidade de ensino mais barata do que a presencial, desde que tomada em escala. O custo final por aluno é reduzido na função direta do número de estudantes envolvidos, com conseqüente diminuição dos custos de produção e da distribuição dos materiais didáticos por meios de largo alcance com o rádio, a televisão e a Internet.
Otimiza o tempo: A EaD é entendida como um bom caminho para os estudantes otimizarem o tempo que dedicam aos estudos, concluindo o curso num prazo menor, se puderem concentrar as horas de estudo e a metodologia adotada permitir.
Desenvolve habilidades: A EaD pode ser o canal ideal para aumentar o leque de opções de estudo, capacitação e formação disponíveis em uma cidade ou região.
Democratiza o acesso à instrução: Espera-se que as tecnologias educacionais permitam a mais pessoas a freqüência a cursos regulares e não formais, contribuindo para a democratização do acesso à educação por meio de EaD.

Mas como nada é perfeito, a EaD acaba deixando também alguns ponto negativos, como:

A ausência do professor ou tutor para um possível incentivo ao aluno, ou outros estudantes com que o aluno possa compartilhar experiências e trocar idéias, pode ser significativo para os estudantes que ainda não desenvolveram autonomia suficiente para conduzir seus próprios estudos.
Sentimento de isolamento por alguns estudantes, devido à falta de oportunidades para demonstrar e compartilhar suas conquistas e dificuldades com o professor e com outros colegas.
A EaD, por sua natureza requer mais planejamento por parte do estudante do que a modalidade presencial, assim, alunos iniciantes na EaD encontraram mais dificuldades.