quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EAD, e agora?

Novidades vêm e vão, algumas deixam lembranças, outras não, algumas duram mais tempo, outras desaparecem tão rápido quanto vieram.
Inovações vêm para ficar, provocam transformações, trazem mudanças mais duradouras.
A EaD se apresenta há muito tempo como um caminho para inovação e de renovação educacional, seja no ensino regular e formal, seja na educação corporativa, seja na formação profissional continuada.
O professor José Manoel Moran nos diz que “As tecnologias dependem também de como cada um, professores, alunos e gestores as utilizam: em contextos e encontros pedagógicos motivadores ampliam a curiosidade, a motivação, a pesquisa, a interação. As tecnologias em contextos e encontros pedagógicos acomodados, rotineiros aumentam a previsibilidade, o desencanto, a banalização da aprendizagem, o desinteresse.” <http://www.eca.usp.br/prof/moran/digital.htm>. Assim, entendo que as tecnologias, por mais novas que sejam, nas mãos de pessoas desmotivadas e despreparadas não fazem milagres.
O próprio MEC, através da portaria 4.059/2004, estabelece a possibilidade dos cursos presenciais de graduação oferecer 20% da sua carga horária total de um curso ou 20% de carga horária de cada disciplina na modalidade à distância. Isso após o Decreto 5.622/2005, que regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394/1996(LDB) já ter reconhecido a importância da educação à distância no cenário nacional.
A Educação a Distância apresenta vantagens consideráveis em relação à Educação Presencial, como:
Reduz as barreiras físicas: A EaD é geralmente vista como forma de superar as dificuldades trazidas pela distância ou por barreiras geográficas e climáticas. Nos países de grande extensão territorial, essa é a principal justificativa para projetos EaD.
Reduz os Custos: Muitas vezes espera-se que a EaD seja uma modalidade de ensino mais barata do que a presencial, desde que tomada em escala. O custo final por aluno é reduzido na função direta do número de estudantes envolvidos, com conseqüente diminuição dos custos de produção e da distribuição dos materiais didáticos por meios de largo alcance com o rádio, a televisão e a Internet.
Otimiza o tempo: A EaD é entendida como um bom caminho para os estudantes otimizarem o tempo que dedicam aos estudos, concluindo o curso num prazo menor, se puderem concentrar as horas de estudo e a metodologia adotada permitir.
Desenvolve habilidades: A EaD pode ser o canal ideal para aumentar o leque de opções de estudo, capacitação e formação disponíveis em uma cidade ou região.
Democratiza o acesso à instrução: Espera-se que as tecnologias educacionais permitam a mais pessoas a freqüência a cursos regulares e não formais, contribuindo para a democratização do acesso à educação por meio de EaD.

Mas como nada é perfeito, a EaD acaba deixando também alguns ponto negativos, como:

A ausência do professor ou tutor para um possível incentivo ao aluno, ou outros estudantes com que o aluno possa compartilhar experiências e trocar idéias, pode ser significativo para os estudantes que ainda não desenvolveram autonomia suficiente para conduzir seus próprios estudos.
Sentimento de isolamento por alguns estudantes, devido à falta de oportunidades para demonstrar e compartilhar suas conquistas e dificuldades com o professor e com outros colegas.
A EaD, por sua natureza requer mais planejamento por parte do estudante do que a modalidade presencial, assim, alunos iniciantes na EaD encontraram mais dificuldades.

6 comentários:

  1. Os alunos encontram dificuldades pois não entende este tipo de modalidade de ensino. Acredito que as instituições estão se preparando para esse novo mercado ou atividade de ensino e estão esquecendo do principal qualificar os alunos nesta modalidade de ensino.

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  2. Bem Felippe, a EAD é uma prática Educacional antiga, Segundo Lobo Neto (1995), um primeiro marco da educação a distância foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston, no dia 20 de março de 1728, pelo professor de taquigrafia Cauleb Phillips: "Toda pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston". Quanto a qualidade na EAD concordo com você, a EAD deve ser uma Educação pautada na qualidade, uma vez que a modalidade promove a autonomia do aluno.

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  3. Oi, Edgar. Tudo bem?
    Parabéns pelo blog e pelas ricas discussões e percepções acerca da EaD. realmente, a Ead (assim como a educação presencial) deve ser pautada ana responsabilidade e autonomia do aluno, sendo o professor um mediador no processo. Beijos. Profª Flávia

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  4. Acho que o maior problema da EaD é a opinião pública...
    É muito difícil quebrar paradigmas, crenças comuns e cabe a nós, que estamos "entrando" nesse novo mundo, desmistificar as opiniões...
    Assim também quando lidamos com questões lingüísticas, o senso comum parece querer "tosar" o avanço dos estudos na área.
    Não sei por que, mas em educação e língua, todos parecem querer ser doutores e não se metem muito em questões de outras áreas...
    Nós, como professores e educadores, temos que palpitar e tentar mudar as mentalidades já constituídas em relação a questões de EaD...
    Tarefa difícil!

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  5. EAD.
    Desafio para todos os envolvidos:
    Alunos, Professores/orientadores e Instituições.
    Porém, chegou pra ficar !!!

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  6. Com certeza chegou para ficar...
    E estamos certos disso...
    Até porque com esta experiência que estamos vivenciando, não há como duvidar que essa forma de aprender é eficiente e muito, muito rica!

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